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Agricultura familiar de Minas ganhará reforço de movimento internacional

29/07/2015

Ações para apoiar a produção e promover o consumo de alimentos da agricultura familiar foram discutidas durante encontro entre o secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Glenio Martins, e integrantes do movimento internacional Slow Food, em Belo Horizonte. Criado em 1986 pelo italiano Carlo Petrini como contraponto ao Fast Food (comida industrializada e rápida), a organização coleciona mais de 100 mil apoiadores em cerca de 150 países.

Durante a reunião com a representante do Slow Food para América Latina, Valentina Bianco, e com o facilitador Regional Sudeste, Marcelo de Podestá, o secretário Glenio Martins apresentou os projetos do Governo de Minas Gerais para fortalecer a agricultura familiar. “Acho importante abrirmos essa interlocução com o Slow Food. Juntos, podemos otimizar esforços e trocar experiências”, diz Glenio Martis.

Ele lembra que a secretaria coordena importantes instâncias de controle social, como o Cedraf-MG e o Conselho Pró-Pequi, programa estadual de incentivo ao cultivo, à extração, ao consumo e a comercialização do Pequi.

Arca do Gosto

O pequi figura no catálogo de alimentos em risco de extinção, elaborado pelo movimento por meio do projeto Arca do Gosto. Com esse trabalho, o Slow Food busca chamar atenção para o problema e trabalhar para que essas culturas regionais sejam mais valorizadas. “Nossa atuação vai além do aspecto da degustação e assume também um caráter político e social”, afirma a italiana Valentina Bianco.

A organização internacional está no Brasil para participar de uma série de atividades e lançar o aplicativo Slow Food Planet. A ferramenta conta com 847 dicas no Brasil, incluídas em 12.500 no mundo, de onde comer, comprar e passar o tempo livre, dentro da filosofia “alimento bom, limpo e justo para todos”.

No início da semana, o fundador do Slow Food, Carlo Petrini, assinou com o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, termo de cooperação que busca preservar e valorizar os alimentos típicos encontrados em territórios rurais.

“Temos muito que contribuir para essa discussão. Somos o estado da gastronomia, da produção de folhas e frutos e da diversidade cultural. Enfim, temos várias possibilidades de agregarmos valor e ampliarmos o consumo de alimentos regionais”, conclui Glenio Martins.