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Cooperativismo

O cooperativismo tem sido considerado como instrumento eficiente para promover a elevação da renda da população rural por meio do beneficiamento, transformação e da comercialização da produção, funcionando como regulador de mercado, inibindo a figura do atravessador e estimulando o desenvolvimento local e regional.

As experiências, principalmente no sul do Brasil, têm demonstrado que uma das formas de promover o fortalecimento da agricultura familiar é a união dos agricultores familiares por meio do sistema Cooperativo.

Percebe-se que a grande dificuldade encontrada pelos agricultores em se organizarem em cooperativas é a falta de conhecimento técnico/gerencial, somados ao emaranhado de leis de natureza burocrática, os quais dificultam a compreensão do sistema.

Por outro lado, se lhes faltam conhecimento para a prática das atividades comuns, necessariamente é inquestionável, que as cooperativas ao serem constituídas, devem ser acompanhadas e monitoradas continuamente por uma assistência técnica especializada, com o objetivo de promover a viabilidade técnica, econômica, social e ambiental.

Um dos grandes gargalos da gestão das empresas cooperativas é sem dúvida, o grau de profissionalização dos agricultores, ou mesmo da falta de formação/capacitação para atuarem no campo da administração. Percebe-se que a modalidade de gestão de cooperativas em seus aspectos multidimensional (social/econômica/política/técnica) em que o processo de trabalho se organiza com o fito de alcançar resultados não tem sido observado, consequentemente, produzindo resultados de desestabilidade e o crescimento da organização ficam prejudicados, pois que, para alcançar a eficiência, a continuidade e mesmo a perenidade da Cooperativa, necessário que os dirigentes tenham o entendimento, ou mesmo o saber tecnológico. Assim, promover junto ao seu quadro social, empregados e clientes a satisfação dos serviços prestados, garantindo a confiança do público alvo.

 Torna-se, portanto, imperativo, que estas organizações sejam constituídas, organizadas e assessoradas tecnicamente e recebam uma assistência continua e permanente pelas entidades governamentais que cuidam do cooperativismo, o que contribuirá substancialmente para o êxito dos empreendimentos dos agricultores familiares.

Deste MODO a SEDA vem desenvolvendo em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG), Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado de Minas Gerais (UNICAFES-MG) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (FETAEMG), o Programa Estadual de Cooperativismo da Agricultura Familiar e Agro Industria Familiar – COOPERAF.

O objetivo do programa é fomentar, ampliar e fortalecer as cooperativas e agroindústrias da agricultura familiar solidária, com acompanhamento e monitoramento continuo por uma assistência técnica especializada, promovendo a viabilidade técnica, econômica, social e ambiental como forte estratégia para a melhoria da renda e a erradicação da pobreza na agricultura familiar e nos demais públicos da economia popular e solidária.

Na implementação do Programa Estadual de Cooperativismo da Agricultura Familiar e Agroindústria de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário - SEDA, o Grupo Temático de Cooperativismo, bem como de sua Superintendência de Acesso a Mercados e Comercialização – SUMEC, por meio da Diretoria de Apoio às Organizações Rurais, em parceria com a EMATER-MG irá acompanhar e monitorar a execução do programa, projetos e ações estabelecidas e emitirá relatórios, para fins de controle social.

A criação do Colegiado Gestor COOPERAF-MG, órgão permanente e paritário, consultivo e deliberativo, composto por Órgãos Estaduais e representações da sociedade civil com as seguintes hatribuições:

I – Elaborar, aprovar e publicar orientações e deliberações normativas acerca da implementação do Programa;

II – Solicitar informações acerca da implementação do Programa à sua coordenação, outros órgãos de governo e cooperativas participantes, bem como, encaminhar processos, documentos, sugestões e solicitações ao Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Minas Gerais (CEDRAF-MG);

III – Desenvolver ações perante a administração pública e iniciativa privada, visando garantir a consecução dos objetivos do Programa, sempre levando em conta seus princípios e diretrizes.